Adopção de normas internacionais de contabilidade potencia actividade económica

Angop
O relato financeiro e a certificação legal das contas são instrumentos ao serviço da economia do país, por colocarem as empresas em igualdade de circunstância e potencia a justa tributação das actividades económicas, considerou hoje, em Luanda, a secretária do Estado do Orçamento, Aia-Eza da Silva.

Ao falar na abertura do primeiro fórum de Contabilidade e Auditoria em Angola, a responsável disse ser importante a adopção das regras do conselho de normas internacionais de contabilidade, a sua boa compressão e adequação por parte da comunidade académica e organismos públicos.

Aia-Eza da Silva considerou também uma ferramenta importante que os profissionais de contabilidade relatem os factos patrimoniais de forma clara a todas as partes interessadas, incluindo as entidades públicas.

Referiu que o quadro das alterações económicas que o país vive e as impostas pela globalização fazem com que a harmonização da contabilidade se materialize nas melhores práticas internacionais e sirva aos beneficiários do relato financeiro.

O desenvolvimento do sector financeiro angolano, que nos últimos anos tem se diversificado e socializado, por força das suas actividades e transacções transnacionais, exige cada vez mais a execução de uma contabilidade de forma mais sofisticada.

A governante salientou que o Plano Geral de Contabilidade, de acordo com a opinião dos profissionais, na sua estrutura conceptual já se aproxima em muitos critérios contabilísticos dos referenciados internacionalmente.

Realçou o papel de extrema importância que o mercado de capitais desempenha, com o desenvolvimento de um sistema financeiro robusto e sustentável, constituindo uma fonte alternativa do financiamento da economia.

Recomendou a ordem dos contabilistas e peritos de contabilistas a estabelecer uma parceria com a comissão de mercados de capitais por contribuir para o surgimento de uma classe de contabilistas de prestígio e permitir que muitas empresas angolanas possam ser cotadas em bolsas de valores

O plano de contas do estado (PCE) preparado para uma lógica patrimonial e considerado de actual importância no processamento da contabilidade, com base no princípio do acréscimo como a melhor forma de reportar as contas públicas, ainda não se encontra totalmente implementado.

 Referenciou a necessidade que a globalização impôs à comunidade com adopção de normativos contabilísticos diferentes que visam minimizar os riscos e pressão sobre a gestão das empresas, para cumprir as melhores práticas e os objectivos das empresas na obtenção de melhores resultados.

A evasão fiscal, a corrupção, o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo são considerados de crimes económicos a sua prática tem consequências que transcendem as perdas financeiras e a destruição do valor económico para os países.

Erradicar estes tipos de crime consiste é um imperativo ético e legal em que os profissionais do relato financeiro e da certificação legal têm o dever de participar, abrindo o caminho para uma sociedade mais justa e equitativa, protegendo o bem jurídico e dá confiança às instituições.


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