Angop
O mercado de capitais angolano pode exercer um papel estratégico susceptível de influenciar positivamente a regulação, supervisão e desenvolvimento das bolsas de valares da SADC, apesar de ser ainda ?muito jovem, ? afirmou hoje, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da Bolsa da Dívida de Valores de Angola (BODIVA), António Furtado.

De acordo com o responsável, que falava na abertura da 51ªReunião Anual das Bolsas da SADC, em representação do ministro das Finanças, Acher Mangueira, o mercado angolano tem dado sinais de um grande potencial, embora estar ainda circunscrito à negociação de títulos da dívida pública.

“Num prazo que antevemos relativamente curto, iremos acolher os primeiros títulos corporativos, pelo que a partilha de experiência neste fórum será de grande importância, tendo em vista este objectivo”, referiu, acrescentando que Angola está plenamente alinhado e comprometido com os objectivos do Comité das Bolsas de Valores da SADC.

No quadro da dinamização das bolsas de valores da SADC, Angola está a trabalhar para tornar os mercados mobiliários da região mais atraentes para os investidores nacionais e regionais, bem como aumentar a liquidez de negociações dos mais diversos valores mobiliários e instrumentos financeiros.

Entre outros contributos, Angola quer também encorajar a transparência entre os países membros deste comité, melhorar o seu capital intelectual e especialização técnica. 

O encontro, que decorre a portas fechadas, conta com a presença de representantes de Botswana, Namíbia, África do Sul, Lesotho e Malawi.

Um dos aspectos centrais da cooperação dos mercados de capitais da SADC é garantir a especialização crescente dos instrumentos financeiros de tal modo que sejam adequados às necessidades de financiamento e a captação de investimentos, visando dar cabal cumprimento dos requisitos de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao turismo.

Angola é   membro  do Comité das Bolsas de Valores da SADC desde  Julho de 2016.

Em  2016 ,  a  BODIVA  registou o dobro  no nível de negociações  em comparação  com  2015,  tendo registado um  o volume de  transações   de  365  mil  milhões  de kwanzas , equivalente a dois mil  milhões de  dólares norte-americanos, aproximadamente.

Em 2015,  as  transações  foram de 104 mil milhões, de acordo com  Patricio Vilar,  que defendeu  a necessidade  do  lançamento de outros  segmentos para tornar o mercado da bolsa cada vez mais  atrativos.